Neste final de semana estive participando de um treinamento muito intenso chamado Train The Trainer, que aconteceu em São Paulo, para aproximadamente 700 pessoas. O evento contou com a presença de Blair Singer, um dos treinadores mais renomados e reconhecido internacionalmente.
O evento foi incrível, os aprendizados foram muito valiosos para meu trabalho e quero compartilhar algo que aconteceu lá sobre liderança.
Blair trabalha o conceito que professores e treinadores são lideres, pois tem um papel de grande influencia sobre o grupo que estão conduzindo. Lideres tem esse papel de influenciar constantemente através de seu modelo, dos seus comportamentos e de como aplicam isso em sua vida – muito além do que percebe-se através de suas falas.
Para conduzir um evento deste porte, foram estabelecidas algumas regras de horário, uso de celular e comprometimento com todos que estavam presentes, num acordo onde o combinado era tratado como Código de Honra.
Na segunda noite, as 700 pessoas foram divididas em 8 turmas. Cada uma teve uma atividade, a qual exigia 100% de entrega de todo o grupo. Essa atividade teve um prazo estabelecido de 3 horas. das 20:00 às 23:00 – depois de um treinamento intenso desde as 8:00 da manhã…
O que aconteceu foi que no dia seguinte, um dado assustador apareceu: em uma das salas, 30 pessoas saíram antes do termino da atividade, ou seja, abandonaram a sua equipe!
E qual o impacto disso?
Para o grupo que estava participando da atividade é incalculável o prejuízo. Para as pessoas que deixaram sua equipe para traz, aquela oportunidade de crescer, aprender e evoluir foi perdida. Os que ficaram na sala, e não fizeram nada para impedir que os colegas saíssem, também foram responsáveis pelo resultado, pois como costumamos dizer no Coaching “a não ação é uma ação!”, quando as pessoas escolhem não fazer nada, e poderiam fazer, estão se omitindo de sua responsabilidade. Essa ação gera resultados.
Blair foi um grande líder e conduziu uma ampla reflexão sobre o assunto.
Mas porque estou trazendo essa situação para compartilhar com vocês?
Porque percebo que muitas vezes as pessoas “abandonam suas equipes” mesmo estando presentes! Equipe, neste contexto, pode ser seu time de trabalho, seu grupo de amigos, grupos de estudo, associações as quais você participa, grupo de pais ou mesmo sua família.
E em qualquer um desses contextos, isso acontece quando não acreditamos ou não confiamos nas pessoas a nossa volta, escolhendo centralizar e fazer sozinhos para ter certeza que estará certo; ou quando desqualificamos alguém se as coisas não estão exatamente como planejamos; ou ainda quando não representamos nossa equipe diante de situações adversas; quando não escutamos os outros e fazemos tudo “do nosso jeito“; quando combinamos um horário e não cumprimos, deixando alguém nos esperando; quando estamos presentes só de corpo, mas não estamos conectados com as pessoas… E tantas outras situações que poderia citar aqui.
“Nunca abandonar nossa equipe” deveria fazer parte do código de honra de todos nós!
Terminar o que começamos. Estar presente com as pessoas. Cumprir nossa palavra. Respeitar as pessoas e as regras. Ser exemplo vivo do que falamos. Escutar, participar, qualificar. Entregar 100% do que prometemos. Acredito que esse é o caminho para transformar os ambientes em que convivemos e consequentemente nosso Brasil!
Grande Abraço
Deisi Nara
Que experiência construtiva!! A responsabilidade individual ou a não responsabilidade tem consequências para todos…
Adorei o artigo!!
Que maravilha Deisi. Gostaria do contato deste palestrante. Vou indicar para o congresso. Beijão
Exato Angela.
Por isso a importância de manter conectado a equipe.
Vera, foi muito construtivo o trabalho, o nome do palestrante é Blair Singer.
Envio maiores informações por email.