Muito se tem falado sobre a profissão de coach e como eu ministro uma Formação em Coaching há quase dez anos, resolvi escrever sobre a mesma. Quando eu comecei a trabalhar com coaching, no RS, este assunto quase não era comentado, tanto que busquei minha formação em São Paulo.
Tenho como pressuposto pessoal o seguinte: – se você quer começar um trabalho ou uma nova carreira, precisa saber do que se trata e também como se faz.
Assim, do inicio da minha carreira como coach até os dias de hoje, computo mais ou menos 500 horas de atendimento e uma formação na 18ª edição, também orientei trabalhos de conclusão de curso sobre o assunto, resultando em dois artigos publicados em revista científica e para o ano que vem irá sair um livro sobre o assunto.
Do tempo em que comecei, as pessoas perguntavam: – isto é de comer ou de beber? Dado o desconhecimento sobre o assunto. Hoje, o que vimos é uma avalanche de profissionais (com ou sem formação adequada) atendendo no mercado. Por isto, resolvi escrever este post.
Começo esclarecendo que uma profissão pode ser conceituada como, um reconhecimento social de saberes, serviços e produtos do profissional, na sua inserção no mercado de trabalho. Assim, para ser um profissional de coach você deve buscar este reconhecimento social através de uma formação, sólida no mercado e com profissionais que apresentam uma grande coerência entre a sua vida pessoal e a sua vida profissional, ou seja, não basta vender formação é preciso saber se existe um alinhamento entre o que é vendido e o que é praticado pelos instrutores.
Acrescentando ao conceito de profissão, esclareço que a profissionalidade, ou seja, ser um profissional de coach, exige uma articulação entre o processo de formação inicial e o desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais, manifestada no espaço ocupacional que este profissional ocupa e nos casos de sucesso que apresenta à sociedade, desta forma, formar-se como coach, exige bem mais do que cursar um curso de coach, mas também um amplo processo de reflexão sobre o que oferecemos ao outro, nosso coachee, uma reflexão sobre nós mesmos, ampliando nosso auto conhecimento e as experiências que se tornam aprendizagens, tanto para o coach como para o coachee.
Como acredito que o processo de coaching é um processo educacional também, entendo por educação, um modo de ampliar o compromisso de formar pessoas ou elevar sua performance, de forma séria, comprometida e ética, inseridas no mundo, onde você auxilia o seu cliente a produzir novos conhecimentos sobre si mesmo, para enfrentar as realidades postas no cenário em que vive.
Desta forma, Ser Coach exige no meu entendimento, um comprometimento e um propósito de alma , pois nenhuma profissão ou profissional se sustenta no mercado de trabalho, sem a coerência que lhe é proposta.
Porque chamo de profissão de alma?
Por que tem a ver com propósito de vida e alinhamento dos valores pessoais. Para ser coach,você precisa gostar de pessoas, querer ajudá-las, ampliar sua visão de mundo, mas também precisa ser importar com o outro e não apenas vê-lo como uma forma de ampliar sua conta bancária.
Assim, manifesto que acredito na profissão de coach, feita com seriedade e ética. Para que você possa ser um ótimo profissional, necessitará de muitas horas de voo, aperfeiçoamento constante, casos de sucesso e principalmente estar alinhado com seu propósito de vida. Se você, gostou do que leu e pretende seguir esta profissão, boa sorte e sucesso, mas também muito trabalho pela frente.
Tamara Karawejczyk- Instrutora do curso de Formação em Coaching