Por Maria do Carmo Borges
Idealizadora da Inside Coaching empresa parceira do ICA
Talvez você conheça alguém que já passou por um processo de coaching e foi bem sucedido, ou já pesquisou e compreendeu que o coaching está entre as abordagens de desenvolvimento mais eficaz da atualidade. Resumidamente a abordagem do coaching trabalha: cenário atual, perguntas profundas, também conhecidas como “poderosas” e projetos para o futuro. O passado é abordado quando o Coachee fica trancado em alguma experiência, que o impede de agir e de movimentar-se para obter êxito e fluidez com seus objetivos. A seguir, algumas dúvidas trazidas por pessoas que estavam aleatoriamente em busca de profissionais Coaches e hoje são nossos clientes.
Quanto tempo dura um bom processo?
O gráfico a seguir, meramente ilustrativo, demonstra: desenvolvimento proporcional ao tempo de acompanhamento.
“Um bom processo de coaching é necessariamente estruturado, tem início, meio e fim. Possui como premissas básicas, uma relação não hierárquica entre as partes e um ambiente instigante, criativo, que inspire o Coachee a maximizar seu potencial pessoal e profissional, buscando alcançar objetivos e metas por meio do desenvolvimento de comportamentos novos e mais efetivos” – João Luiz Pasqual, presidente ICF Brasil.
Aqui na Inside, consideramos seis meses como o ideal mínimo de um bom processo. No ICA- Instituto de Coaching Avançado de 4 a 6 meses. No entanto, já realizamos processos que estenderam-se por até um ano e alguns mais curtos, e a resposta que o coachee obteve foi positiva e satisfatória. Então, cheguei a seguinte conclusão: o tempo é de cada um. O bom processo é aquele que atende as necessidades do coachee e ao mesmo tempo mantém as características essenciais da metodologia e respeita o código de ética da profissão.
Como são essas etapas?
Vou citar aqui um exemplo de etapas que utilizo para o programa gestão de vida e carreira. São quatro: a primeira é o que Goldsmith chama de coachability, preciso compreender o quanto meu coachee está disposto e engajado a passar por um processo que certamente exige comprometimento para agir, humildade para receber questionamentos difíceis e coragem para mudar o que precisa. A segunda etapa é estabelecer o foco do seu processo. O coachee descreverá seu cenário futuro e partir dessas informações, vamos montar o seu roadmap estratégico.
A terceira etapa é o follow-up, durante alguns meses irei acompanhar o crescimento, a evolução, as dificuldades, as dúvidas, trazê-lo de volta para o presente sempre que se perder em meio aos seus próprios anseios do futuro. A quarta etapa não se caracteriza como final, mas como fechamento de todo o aprendizado daquele projeto, é o momento para o coachee organizar os seus próprios aprendizados e decidir o que levará consigo. Pode ser que ele queira seguir sozinho por algum tempo, ou pode ser que ele queira iniciar um novo processo, com outro foco, outra meta, a escolha é dele, meu papel como Coach é sempre apoiar sua meta.
E na sessão, o que vamos trabalhar? A sessão é o encontro entre o Coach e o Coachee. É um momento que, particularmente, considero sagrado. Visualize a cena: dois seres humanos, ambos profissionais, estão sentados lado a lado, ou estão de frente um para o outro em uma sala virtual. Eles estão prontos para escrever novos capítulos, gerar novas ideias, conectar pontos, estão abertos para insights e novos olhares, o que os separa é o mesmo que os une: grandes sonhos. Ambos desejam alcançar metas extraordinárias, não necessariamente dificílimas, mas diferentes, o morno já está fazendo mal. Metas transitam na simplicidade e na complexidade, alguns desejam a retomada da motivação, outros querem encontrar um norte, ser mais feliz no dia a dia, melhorar seus relacionamentos, ter mais saúde e disposição, os mais ousados desejam explorar o desconhecido, encontrar novas oportunidades ou ainda dominar o mundo! Já o Coach, eu diria que a grande maioria de nós, possui entre seus desejos, um considerado um tanto quanto audacioso: transformar a humanidade através da transformação do indivíduo.
Quanto ao investimento, qual o valor de um processo?
Sessões com Coaches com pouca experiência em países como Europa por exemplo, variam a partir de $300 euros. O Brasil está em linha com países da América Latina e 10% abaixo dos países da Europa. A média aplicada no Brasil é de US$ 200 a US$ 250/hora, R$800 é a média aqui para contratar profissionais com a primeira credencial da International Coaching Federation. Quanto mais experiência e maior a credencial, o investimento de hora de sessão pode chegar a R$1.500 reais. Um projeto de Coaching executivo está em média R$40 mil ou mais. Coaches recém formados ou com pouca experiência cobram em média R$100 a hora, segundo o ICF Brasil. (dados extraídos do Dossiê de Coaching/hsm/edição set. e out. de 2018). Os valores aplicados pelo ICA procuram seguir a média estipulada no país aliada ao bom senso e ao tempo de processo.
A decisão, realizar ou não o processo de coaching, por que fazer esse investimento?
Para avaliar essa questão, pergunte-se: Qual foi, literalmente, os custos que já tive ou estou tendo até aqui por não me conhecer? A falta do autoconhecimento, somada ao não planejamento estratégico eficaz, menos acompanhamento profissional, pode causar danos que vão dos mais simples aos irreparáveis. Anos dedicados a um trabalho que nunca trouxe satisfação, graduação que ficou na gaveta, cursos que até hoje não sei onde ou como utilizar. Perdi ou tenho perdido oportunidades de bons negócios? Dou início a novos projetos mas desisto quando me deparo com dificuldades? Estou sobrecarregando minha saúde e bem estar? Quanto tempo e dinheiro já desperdicei? O pilar finanças é um dos mais afetados quando não sabemos para onde estamos indo. Mas um outro pilar fundamental, e talvez o mais importante porque sofre profundos impactos negativos podendo nos custar a vida, é o pilar Saúde.
“Nove em cada dez brasileiros no mercado de trabalho apresentam sintomas de ansiedade, do grau mais leve ao incapacitante. Metade (47%) sofre de algum nível de depressão, recorrente em 14% dos casos. Os dados são da última pesquisa da Isma-BR, representante local da International Stress Management Association, organização sem fins lucrativos dedicada ao tema”. Trecho da matéria publicada pela revista exame, leia na íntegra: https://exame.abril.com.br/negocios/precisamos-falar-sobre-estresse/)
Você já decidiu que irá fazer o processo, agora escolha o seu Coach! A escolha do Coach (homem) ou da Coach (mulher) deve ser criteriosa, ele/ela é o profissional que irá embarcar junto com você rumo aos seus desafios. Por um bom tempo esse profissional fará parte de sua caminhada, saberá das suas aspirações ocultas, medos e forças, e irá extrair o melhor de você. Eu diria, por experiência própria, que uma escolha bem feita utiliza três critérios:
1.Abordagem: Qual é a abordagem que mais influencia o trabalho deste Coach? Exemplos: linha holística, neurociência somada a abordagem integral, psicologia positiva, Inner Game, conteúdo somado ao desenvolvimento.
2.Estilo: Que estilo de Coach você busca? Mais frio? Mais sério? Mais humano? Enérgico? Mais próximo? Mais distante? Pragmático?
3.Formação e aprendizagem contínua: Onde o Coach realizou sua certificação? É uma instituição reconhecida, respeitada e séria? Quantas horas de estudo? Ele já vivenciou um ou mais processos como parte do seu desenvolvimento?
- Experiência: É um Coach experiente ou *recém formado? Há quanto tempo ele atua? Quantas pessoas já apoiou? Quantas horas de vôo?
Peça atendimento para esclarecer suas dúvidas, além de ouvir o Coach, questione-o, investigue a metodologia, garanta a empatia. Como diz Bill Gates:
Todos nós precisamos de um Coach. Precisamos de apoio e feedback genuínos para o nosso crescimento.
*ser recém formado não é sinônimo de desvantagem, eu mesma já recebi atendimento por Coaches que haviam acabado de sair da formação e foram excelentes. A experiência do Coach é somente uma das variáveis que contam para excelentes resultados em um processo.
Maria do Carmo é idealizadora da Inside Coaching. Graduada em Letras, Pós-graduada em Desenvolvimento Humano de Gestores e Coach Membro da ICF, conta com mais de uma década de experiência na área da educação, nos últimos cinco anos têm se dedicado a atuação na área do Coaching para gestores, desenvolvimento de carreira e treinamentos.