“O Estresse é uma resposta normal do corpo a qualquer demanda ao ser forçado a adaptar-se a mudança”.

São tantas as definições, que ficamos confusos, por vezes não sabemos porque estes sofrimentos estão acontecendo e tratamos o entorno e não tratamos as verdadeiras causas, como citaremos logo a seguir.

Como Você está se sentido nesses dias?

  • Talvez você responda cansado, sentindo falta da energia que você costumava ter?
  • Triste ou deprimido?
  • Prestes a começar a chorar com situações do cotidiano?
  • Aborrecido? Nada parece interessar, mais nervoso e ansioso, confuso sobre os próximos passos?
  • Hipersensível, facilmente irritável, agressivo e supercrítico?
  • Ah e as dores de cabeça, enxaquecas constantes!

Se você respondeu positivamente a estes sintomas ou alguns deles, você não se transformou em uma pessoa horrível, pode ser que esteja como grande parte dos brasileiros e quem sabe dos cidadãos do mundo. Leiam os dados abaixo, talvez você seja mais uma vítima do estresse.

Em  maio de 2016 em uma web conferência promovida pela Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS) – O impacto do estresse no trabalho na saúde e produtividade dos profissionais, além de medidas para reduzir o problema, foi o foco do evento. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização dos Estados Americanos (OEA) no marco do Dia Mundial da Saúde e Segurança no Trabalho, comemorado em 28 de abril.

“Nenhum de nós está livre de estresse no trabalho”, disse Francisco Becerra, diretor assistente da OPAS/OMS em Washington na abertura do web conferência. “O mundo do trabalho atual – dados os desafios do progresso industrial, globalização, desenvolvimento tecnológico e comunicação virtual – nos impõe condições que excedem os limites de nossas habilidades e capacidades. O resultado é o estresse no ambiente de trabalho, que pode causar disfunções físicas, psicológicas e até sociais que prejudicam nossa saúde, minam nossa produtividade e podem afetar até nossas famílias e círculos sociais”.

Será que podemos mudar este quadro e voltar a uma sensação de maior inteireza e graça? As crianças sabem o caminho, mesmo não sendo um processo tão simples assim.

 Você sabia que uma criança sorri de 70 a 300 vezes ao dia e um adulto ri 05 vezes por dia! O que aconteceu conosco ao crescer?

É importante saber que a depressão e ansiedade já são considerados as principais causas de doenças do Século 21. Ambas geradoras de estresse e, atualmente, 90% das consultas médicas se devem ao estresse. De forma lenta e invisível vão corroendo os órgãos internos principalmente com descargas hormonais, minando nossos sentidos e interferindo nas relações pessoais e no trabalho, vão minando nossa autoestima e acabando com a nossa paz interna. O que estará acontecendo?

Como lidar com este inimigo e reconhecer suas faces, que são tênues?

Estresse foi descrito pela 1ª vez em 1930, por Drº Hans Seyle, que usou este termo emprestado da engenharia. Significa o desgaste dos materiais pela exigência de ação e por não terem resistência a força exigida deles.

Mesmo que tenhamos hoje mais conhecimento sobre o desempenho humano e tecnológico, conhecer mais e entender do estresse não nos livra deste problema complexo, também não nos torna mais eficientes no combate a este inimigo voraz.

Segundo Paul Stoltz, autor do livro “Desafios e oportunidades. Adversidade: O Elemento Oculto do Sucesso”.  Passamos por mais de 23 adversidades durante o dia. Em situações simples do nosso cotidiano, percebemos o quanto pequenas situações ou entraves, podem nos deixar fora do nosso eixo e levar nosso bem-estar, alerta ligado!

Se pudéssemos descrever nosso dia, teríamos uma pista com tantas adversidades, que parece uma grande corrida de obstáculos.  Saímos pela manhã de nossas casas e ao retornar à noite nem sempre temos alguém para o revezamento e desabafar o que nos atormenta. Chegar em casa com poucos arranhões e ainda com alegria, talvez seja um dos maiores desafios da atualidade.

Levantamos da cama, queremos tomar aquele banho gostoso, pois a noite tinha calor, mosquitos; faltou água, percebo que tenho pouco tempo para resolver isso, tomar um café rápido, se der, e o trânsito (ufa), benzer, pedir ajuda, não vai adiantar, serão no mínimo duas horas ate o trabalho; e esta reunião que vai acontecer já e para resolver conflitos de ontem. A perspectiva de viver hoje mais calmo está distante. E são só 09h da manhã!

Se considerarmos o nosso trabalho, será que o estresse acaba quando saímos do escritório ou e voltamos para casa?

Mais uma exigência diária, estamos sempre plugados. Sim, precisamos responder aos grupos dos amigos, da família, outros que ficaram para trás do trabalho! Internet, celular, Facebook, WhatsApp, parece que teremos que estar conectados todo o tempo, e nos resta pouco tempo para viver nossas vidas, então não temos mais e sim menos!

Penso em uma metáfora de que somos como os guerreiros medievais, teremos que sair com armaduras pesadas para proteção, lança e escudo, numa selva de pedras. Sabemos através do livro de Stoltz, que é somente enfrentando às adversidades que conseguimos desenvolver um mindset mais flexível. Porém, como vamos aproveitar quando o incerto chegar e obter mais força nas situações que nos acontecem? Pois quase sempre são imprevistas, parece que estão sempre à espreita para nos desafiar.

Talvez o nosso maior desafio não seja chegar à noite e se entregar aos prazeres da nossa casa confortável e de nossas rotinas e sim aprender como poderemos tirar vantagem competitiva e ainda obter maior qualidade de vida por ter a ousadia de viver nossos tempos, se pudermos aprender com esta crise, como sobreviver?

Que alternativas poderemos lançar mão para viver com muito mais alegria e saúde? Como preencher esta lacuna?

A Drª Susan Andrews cita em seu livro “Stress a seu favor: como gerenciar sua vida em tempos de crise, publicado em 2003, uma pesquisa feita por Emir Engers, da Executive Recursos Humanos que apontava que os líderes nas empresas estavam em desequilíbrio, pois apontam como valor importante suas famílias. Em compensação,  vejam os resultados:

  • 95% não tem visto os filhos crescerem;
  • 89% tem insônia;
  • 89% tem frustração com suas carreiras;
  • 91% tomam calmantes;
  • 97% temem perder seus empregos;
  • 85% não tiram férias regulares;
  • Só 10% se dizem felizes em seus casamentos.

Não nos parece que este quadro tenha se alterado nos últimos 20 anos?

É comum encontrarmos pessoas que passam mais tempo dentro das empresas do que dentro das suas vidas, em sua própria casa, com seus amigos e realizando seus sonhos. Por anos a fio sobrevivem desta forma e não percebem que a família mudou, que os filhos cresceram, que seus pares foram em outra direção. Dessa forma, grande parte do que acontece no trabalho influencia nossa vida pessoal de forma irreparável e ainda a chegar em casa a forma mais fácil de acessar nossos afetos e amigos e de novo, pela rede.

Claro que dias estressantes são normais em qualquer função, mas quando isso começa a ser frequente ano após ano é preciso adotar estratégias para diminuir o estresse e esta sensação de perda de sentido. Como dissemos anteriormente, diminuir o estresse e ampliar nossa qualidade de vida torna o processo de trabalho mais agradável e dinâmico e nossa vida também, evitando que essas situações se tornem comuns, ou perdurem, ou ainda pior, percamos o rumo da nossa própria vida.

É claro que precisamos sair da zona de conforto e enfrentar antes, dentro de nós mesmos, a tomada de consciência e de que precisamos mudar. E não somente o ambiente físico, como também a atmosfera (atma=alma) da organização, que se altera se as pessoas estiverem mais felizes, começando por nós.

Associar o Processo de Coaching com outras ferramentas como PNL- Programação Neuro Linguística e CEENV – Comunicação Emocional Eficaz e Não Violenta, reverbera em nós o resgate de uma autoestima alta, desenvolvendo nossas competências para estes novos tempos. Esses recursos ajudam-nos a conduzir a um novo estado, proporcionando mais liberdade e leveza durante essas fases de turbulência.

Sobre a autora: Cleci Maria Marchioro é consultora licenciada pelo ICA – Instituto de Coaching Avançado em Líder Coaching e idealizadora da Rede Crescer DH – Bioterapeuta no Espaço Zen Arvoredo.

Bibliografias:

Stoltz, Paul Gordon, 2001 – Desafios e oportunidades: Adversidade o elemento oculto do sucesso/ Tradução de Juçara Simões – Rio de Janeiro: Campus, 2001.
Andrews, Susan. Stress a seu favor: Como gerenciar sua vida em tempos de crise/Susan Andrews; são Paulo: Agora, 2003.
https://www.paho.org/bra…/index.php?option=com_content&view=article&id=5087:estresse-no-ambiente-de-trabalho-cobra-preco-alto-de-individuos-empregadores-e-sociedade&Itemid=839

 

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