Coaching é movimento. Seja lento, seja rápido, não importa, mas é movimento no tempo de cada um, em direção a uma vida mais significativa, com emoções melhor compreendidas e comportamentos alinhados aos objetivos. Movimento esse que tem como principal combustível o autoconhecimento das potencialidades, das limitações, das perdas e dos ganhos nas decisões tomadas, das crenças, dos esquemas e vieses cognitivos, das aspirações, dos valores, das inspirações e dos motivos pelos quais esse constante movimento vale a pena.
Querendo ou não, por mais que o desejo de estar com os próprios pés plantados no chão nos traga uma impressão de segurança, viajamos pelo universo a mais de 1600 km/h a bordo de nosso planeta. Por mais que pareça, nunca estamos parados. Por analogia, lembremos que, mesmo procurando acomodação e segurança em nossas vidas, absolutamente tudo está em movimento ao nosso redor e, como isso, em constante transformação. Para que cada um de nós consiga adaptar-se a tantas mudanças, é imprescindível que nos mantenhamos igualmente em movimento. Não aquele movimento tresloucado, impulsivo ou forçado, mas sim, o movimento que provém das refletidas decisões tomadas em nosso próprio silêncio, seja esse silêncio aquele que antecede a aurora da decisão, seja o silêncio da escuridão do desespero.
Sem dúvida, muito dos brados motivacionais que se ouvem nos palcos, nos shows das mais diferentes espécies, nas telas de TV e computador e nas frases de efeito em livros de títulos tanto carismáticos quanto agressivos podem ter um efeito inflamável que nos causam uma rápida e necessária combustão, capaz sim de nos desacomodar. Porém, tão rápidas quanto nos incendiaram, essas chamas vão se apagando se não forem cultivadas em nossos momentos de reflexão e entendimento de onde estamos em nossa vida, e quais são nossas perspectivas com nossas ações e movimentos, sejam eles frutos da ação ou da inércia.
Aí reside a força do Coaching: o que vem de fora até pode nos chamar à ação. Porém, para que esse movimento se consolide, é necessário o que vem de dentro.
Olhar o mundo através do Coaching é praticar conexão com a vida, articular-se e instrumentalizar-se através dos aprendizados que surgem da própria autorreflexão constante. É procurar viver os desafios diários com padrões adaptativos mais sofisticados. É abrir mão dos pensamentos mágicos e das promessas de resultados instantâneos e garantidos a favor de atitudes positivas e de confiança que gerem movimento interno, capazes de nos colocar no rumo dos resultados externos desejados. Olhar o mundo através do Coaching é cuidar para que nosso dom mais precioso, a vida, não passe simplesmente por nós enquanto apenas sonhamos acordados com aquilo que poderíamos ser, ou pior, que poderíamos ter sido.
Aluno formado pelo ICACOACHING.
Marcelo Pelissioli